sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Honduras queixa-se do Brasil a TPI

O GOVERNO interino das Honduras apresentou quarta-feira uma queixa contra o Brasil no Tribunal Internacional de Justiça de Haia, alegando intervenção em assuntos internos do país.


“O governo se reserva ao direito de solicitar ao tribunal a adopção de medidas cautelares a menos que cessem as actividades ilegais do Governo brasileiro, que alteraram a ordem pública nas Honduras e que representam uma ameaça ao desenvolvimento pacífico do processo eleitoral do país”, disse a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Governo interino hondurenho.
Ainda segundo a fonte, o Governo de facto poderia ainda solicitar uma indemnização ao Brasil “por danos causados” pelo facto de o país ter permitido a presença, nas instalações da sua embaixada em Tegucigalpa, do presidente deposto, Manuel Zelaya, desde o dia 21 de Setembro.
A assessoria de Imprensa do Itamaraty, o Palácio presidencial brasileiro, disse não ter conhecimento oficial da queixa, mas acredita que “uma solicitação do Governo golpista não teria como prosperar por falta de legitimidade. O tribunal da ONU representa apenas governos legítimos”.
Ainda na quarta-feira, o governo interino das Honduras propôs uma retomada das negociações com a comissão do Presidente deposto, Manuel Zelaya, após uma reunião com uma delegação dos Estados Unidos, liderada pelo secretário-assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Thomas Shannon.
Shannon e outros dois funcionários do Departamento de Estado norte-americano chegaram a Tegucigalpa na quarta-feira e reuniram-se com as duas partes numa tentativa de pôr fim à crise política que se instalou no país, após a deposição de Zelaya, em 28 de Junho.
Após a reunião da delegação com a comissão do líder interino, Roberto Micheletti, na sede da Presidência, a porta-voz do Governo de facto, Vilma Morales, propôs que as partes voltassem ontem à mesa de negociações.
Morales ainda deu a entender que os dois lados haviam chegado a um acordo informal num terceiro encontro, realizado com as duas comissões e a delegação dos EUA na embaixada americana em Tegucigalpa. Segundo ela, esse acordo dependeria apenas de “formalidades”.
A comissão de Zelaya, no entanto, rejeitou a proposta de retomar o diálogo e negou que tenham alcançado um acordo para a crise política.

Sexta-Feira, 30 de Outubro de 2009:: in Jornal Notícias

1 comentário:

  1. Este Zelaya parece uma marioneta nas mãos da CIA... ainda há muitas republicas das bananas naquela zona.

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