Faz hoje 20 anos que o Muro de Berlim, também conhecido por «muro da vergonha,» caiu e arrastou consigo um regime autoritário que reprimiu e assassinou milhões de pessoas.
Ainda, na euforia do momento, se pensou que era o fim do comunismo tal qual se deu a conhecer ao mundo inteiro, no entanto, já se passaram estes anos todos e outros muros persistem em impedir a liberdade de mentes sonhadoras. Sob o enorme peso provocado pelo derrube de toneladas de cimento ainda estrebucham ideais totalitários que se arrogam na única solução para uma sociedade igualitária e mais justa nem que para isso seja necessário esmagar quem, pelo caminho, se oponha.
Há 20 anos atrás o mundo teve bons motivos para acreditar num mundo novo livre e democrático, 20 anos depois registamos, com algum espanto, a existência de forças que resistem. Não há que ter vergonha de festejar o momento mesmo que isso cause engulhos aos que ainda acreditam no ressurgimento do comunismo.
Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009, Jornal de Noticias
O mais curioso é que na nossa Europa democrática ainda existem muros da vergonha: em Belfast e no Chipre. Será que a humanidade na aprende?
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