quinta-feira, 20 de maio de 2010

Se os políticos deixassem "de inventar" era mais fácil governar o mundo...

Se os políticos fizessem mais "o óbvio" e deixassem tanto de "inventar" era mais fácil governar o mundo, afirmou hoje Lula da Silva, considerando que é mais difícil "não governar que governar".


"Se nós, como políticos, fizéssemos apenas o óbvio e não tentássemos inventar tanto seria muito mais fácil governar o mundo. É uma palavra pequena mas muito necessária na arte de governar. Tudo fica menos complicado quando se pratica o óbvio", afirmou o presidente brasileiro, num seminário sobre a economia brasileira em Madrid.

"Um inventor pode inventar o que quiser, mas um governante tem que fazer o óbvio", insistiu.
Recordando os seus quase oito anos à frente da presidência brasileira, Lula da Silva insistiu que esta vontade de Governar deve ser o fio condutor da acção dos líderes: "Não é complicado governar. Complicado é não governar", disse.

Num discurso de mais de 45 minutos, o presidente brasileiro - que hoje visita Portugal - defendeu o realismo na economia e medidas que são "óbvias", mas que muitos consideram complexas de implementar.

"Temos que aplicar o que Henry Ford dizia: pagar salários que permitam aos trabalhadores da Ford comprar os carros que produziam", disse.

E num momento de falta de confiança, de receio sobre a situação económica global, Lula da Silva reiterou um dos elementos centrais da sua governação: "ajudar os brasileiros a gostar de si próprios, a ter autoestima".

"O brasileiro é um povo que esteve séculos à espera de uma oportunidade. Aprendeu os seus modos por doutrina, por termos sido colónia, por considerarmos que éramos insignificantes e que tudo o que vinha de fora era melhor. Que se fosse dos EUA ou de alguns países europeus então era 'top'", afirmou.

"Não nos respeitávamos e achávamo-nos de segunda categoria. Por isso fiz a campanha 'eu sou brasileiro e não desisto nunca', porque nenhuma nação vai para a frente se não acreditar em si própria", insistiu.

O resultado foi criar uma sociedade que é hoje "orgulhosa", cujos embaixadores "andam de cabeça erguida" e cujos representantes sabem que "são levados a sério nos países onde estão".

Fonte:http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1573635

Comentário: Este presidente gosta muito de se repetir, isso é certo... Mas fora de brincadeiras, o sr. Lula da Silva fala acertadamente. Os governadores têm de parar de inventar medidas e resolver as crises pelo caminho mais óbvio. Afinal, tantas crises económicas houve antes e não se aprendeu nada com elas? Parece-me um grande descuido por parte de quem governa.
É também de referir a importância que Lula da Silva dá ao nacionalismo, e com toda a razão. Um país nacionalista poderá aguentar-se muito melhor numa situação de crise, visto que o seu povo terá mais vontade de trabalhar pelo seu país.

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